Agora com fotos um pouco melhores…
Dedicado a construção e preparação de aeromomodelos de velocidade controlados por cabo (U/C ou VCC)
Por enquanto só o desbaste para cumprir a primeira etapa no trabalho a ser realizado no virabrequim que é a de modificar seu formato.
A idéia é utilizar seu movimento de maneira a acelerar a mistura ar combustível proveniente do conjunto de admissão venturi+carburador, transformando-o em um tipo de turbo - compressor.
Não vou mexer na válvula de admissão ainda, no sentido de adiantar o tempo de abertura e aumentar o de permanência. Isso farei, se necessário for, somente após os primeiros vôos.
Por hora a modificação nesta área ficará restrita a reduzir a turbulência da mistura durante sua jornada através do virabrequim.
Vamos lá então: micro retífica na mão, equipada com ponta montada formato ogival constituída de grãos abrasivos em óxido de alumínio, uma vez que vamos trabalhar aço carbono.
Como minha retífica já está com folga no rolamento de apoio do eixo, reduzi a velocidade para a posição 3, aonde obtive o menor nível de vibração no equipamento.
Como o material do contrapeso do virabrequim não é duro como o seu eixo ou pino da biela, o trabalho com baixa rotação proporcionará um corte mais macio nesta região, pois a ponta montada se desgastará mais rápido pela constante renovação de seus grãos abrasivos. O acabamento porém, ficará mais grosseiro.
Para melhorar o acabamento, o ideal seria aumentar a rotação da retífica, pois o comportamento da ponta montada seria o oposto: mais dura, menos desgaste, menor profundidade de corte e portanto cavacos menores, gerando uma superfície mais lisa.
Nas fotos, ruins eu sei, está registrado o início deste trabalho: A transformação de um contrapeso passivo em um ativo no que diz respeito à dinâmica dos gases.
Segunda modificação:
O OS.25LA não tem a terceira porta. Possui apenas duas dispostas lateralmente à abertura do escape.
Aqui teremos que trabalhar a camisa e o bloco.
Como já estava com a mão na massa, mexendo na área de escape, aproveitei para criar também o canal por onde a mistura será levada através da 3ª porta a ser criada na camisa. Seu posicionamento será exatamente oposto à abertura do escape para promover ou forçar a expulsão dos gases queimados.
Aqui o cuidado consiste em não tirar mais material do que o necessário, sob o risco de furar a fina carcaça do O.S.. Outra coisa: é importante que a camisa uma vez posicionada em seu local dentro do bloco, tenha apoio suficiente ao longo de todo seu perímetro, de maneira a não desalinhar e/ou propiciar qualquer tipo de movimento.
Optei por abrir este canal com o uso de uma lima rotativa esférica - Tyrolit . Mantive a rotação da micro-retífica na posição 4 e com muito cuidado procurei formar o canal removendo pouco material a cada passada. Movimentei a lima no sentido do comprimento do canal de maneira uniforme, procurando não deter o movimento em qualquer ponto, o que poderia provocar um afundamento excessivo.
Faz pouco tempo, dada a necessidade de conseguir medir e identificar o passo das hélices tanto para F2C (Team Racing ou Corrida em Conjunto) como para F2A, decidi depois de muita pesquisa e consulta a amigos aeromodelistas, por um tipo que achei muito eficiente e ao mesmo tempo, simples. Aí estão algumas fotos. Depois voltarei ao assunto para explicar o porque da escolha e falar um pouco da precisão que este medidor de passo proporciona.
Ok, e os aviões a jato?
Bom, mesmo eles têm dentro das turbinas um tipo de “hélice” que as compõe…
Não vem ao caso aqui.
Para esse modelo de velocidade promocional utilizarei hélices convencionais de duas pás e o primeiro teste será com uma APC 6,5x6,5 como a da foto. Depois verei se será necessária alguma modificação ou não.
Se for, farei algumas em resina para poder alterar o passo.
Os moldes já estão prontos.
Como inseri a placa de circuito dos dois lados da fuselagem, a fixação por porca cravante fica um pouquinho complicada.
A fim de permitir a perfeita incrustação das mesmas nas placas de TVE (resina + fibra de vidro), abri 3 pequenos orifícios ao redor de cada furo, como podem ver nas imagens abaixo.
O comprimento excedente dos parafusos será cortado futuramente.
As imagens falam por si…
Camisa, pistão, biela, bloco, venturi, virabrequim…
Todos estes itens podem ser alterados para garantir um melhor desempenho.
Logo iniciaremos as modificações no OS MAX .25 LA.
Aguardem.
Essa é uma tarefa muito mais fácil do que lixar a asa.
O estabilizador não necessita ter um perfil específico como a asa.
Na verdade isso poderia alterar e comprometer a atitude do modelo em vôo.
Portanto, para garantir a estabilidade com um mínimo de arrasto, costumo conformar o estabilizador de meus modelos de corrida e de velocidade em forma de cunha, sendo logicamente a parte mais espessa o bordo de ataque.
Como fiz uma inserção de cedro no meio da placa de balsa, ele mesmo servirá de referência para o lixamento.
Aqui também utilizei um taco lixador equipado com uma tira de lixa massa A257 #80. Novamente recomendo que tome cuidado com a simetria.
Primeiro lixe totalmente um dos lados e somente então vire para lixar o outro. Isso lhe dará melhor apoio e referência durante o lixamento.
Essa é uma tarefa bastante difícil. Mas com um pouco de paciência e cuidado, é bastante factível obter uma asa com perfil adequado ao nosso propósito.
Depois de desenhadas as linhas centrais em todo o contorno na espessura da asa e algumas linhas de referência na superfície para orientar o lixamento do perfil, se inicia o processo.
Aqui também utilizei um pedaço de lixa massa A257 #80 aplicada em um taco lixador. Mais do que nunca, tome cuidado com a simetria. Ela é fundamental para uma boa sustentação em vôo.
Para evitar marcar a peça, efetuei toda a operação apoiando a asa sobre uma chapa grossa de MDF revestida em um dos lados com uma folha de E.V.A.
Note que nesta fase de desbaste, somente aproximaremos a peça de seu formato e dimensões finais. Falta muito ainda para o acabamento que irá deixar a asa em condições de receber o reforço de resina + fibra de vidro.
Continuando, o virabrequim é uma das peças que receberá várias alterações.
Aqui também vale o que disse antes: Ainda não é o momento para mexer na abertura da válvula de admissão. Isso envolve um estudo mais profundo dos tempos de abertura e fechamento das portas de admissão e escape e portanto também ficará para depois do amaciamento.
Por enquanto podemos dar uma “turbinada” no virabrequim e literalmente este é o efeito que desejamos: acelerar a velocidade da mistura.
Em vermelho, as áreas que serão alteradas no contrapeso e no eixo.
Em tempo: por enquanto é só o estudo. Durante a semana devo começar a modificar o motor com as alterações aqui informadas. Claro que tudo ilustrado com muitas fotos e explicação do porque de cada passo.
Primeiro é sempre bom dar uma estudada para ver o que pode ser feito para melhorar a performance, neste caso, ganhar algumas rotações a mais por minuto. Para isso, costumo marcar as áreas a serem trabalhadas (nas fotos em vermelho).
No bloco do OS podemos criar uma passagem que servirá para conduzir parte do fluxo da mistura ar-combustível através da 3ª porta de admissão na camisa, também a ser criada. Podemos também melhorar a abertura do escape, no sentido de melhorar o fluxo de saída.
Ainda não é o momento para mexer na abertura da válvula de admissão (sede do Venturi). Essa etapa ficará para depois do amaciamento.
Na imagem abaixo está parte do que utilizei e do que utilizarei para compor a fuselagem.
Aí ainda faltam as chapas de compensado 0,8mm mais tecido de fibra de vidro ou carbono, e a resina epóxi, a mesma que utilizei para a colagem de tudo. Para rebaixar os locais que receberam os incertos de placa de circuito, e o espaço para a asa, utilizei uma lima rotativa cilindrica, sem corte no topo, em furadeira de bancada, fazendo o papel de uma fresadora.
Na sequencia a fuselagem aparece após passar pela primeira fase de lixamento: “Desbaste”.
O maior trabalho foi feito em lixadeira de bancada da marca Ferrari, utilizando lixa K121 #100. Também utilizei lixa “massa” em folha A257#80 para o velho e cansativo processo de lixamento manual.
Obs: Neste ponto a massa (peso) da fuselagem é de 41g.
Ainda sobre o motor. Como podem ver pelas fotos no post anterior, o menino é zero-bala. As principais alterações serão feitas antes do amaciamento. Isso para que o ajuste térmico seja adequado à nova geometria que o motor terá.
Essa é a usina de força.
Devidamente desmontada, separada, protegida e embalada.
No momento oportuno, cada parte será trabalhada individualmente.
Notem no detalhe de cada foto que há muito o que pode ser feito neste motor.
Se não conseguiram visualizar, aguardem os próximos posts.
Este é (ou será em breve) um modelo de Speed Promo, uma categoria Sulamericana de entrada ao F2A. O menino aí será equipado com um OS25LA todo preparado para ganhar alguns rpm’s a mais. Voces poderão acompanhar toda a modificação por aqui mesmo. Na primeira foto, o Geléia é o modelo amarelo, nas mãos de seu Criador, Ícone e Recordista Sulamericano em velocidade, Luis Eduardo B. Mei.